“Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira”. O que Tolstói sequer imaginava era que 130 anos depois nossas opções se expandiriam. Principalmente para o sexo feminino. E hoje podemos escolher simplesmente não formar uma. Ao menos uma outra que não a da qual viemos.
E quando digo isso não estou falando das "solteironas" e "encalhadas" do século XIX e XX, mas sim das mulheres arrojadas do século XXI. A sociedade, claro, continua cobrando a velha instituição. Entretanto, nós temos força o suficiente para ignorá-la e amor próprio para vivermos só. E não solitárias, mas em companhia de si mesmas.
Atualmente casamento e filhos são apenas mais uma opção entre tantos projetos. Intimidade, amor, troca de carinho e de experiências estão disponíveis em diversas outras formas de familiaridade. Podemos, por exemplo, ter um caso de amor com os livros, comprometimento com uma causa, diversão com os sobrinhos, discutir relação com os amigos, educar um animal de estimação, fazer projetos de viagens, se apaixonar por um ofício, passar o tempo com um hobby, se encontrar na meditação.
E o melhor, é que depois de tudo isso, se ainda mudarmos de idéia e resolvemos formar uma – lá pelos 40, 50, 60 anos – Por que não?
Quanto a nossa família ancestral, essa carregaremos eternamente. Com suas alegrias e tristezas, amores e indiferença, rancores e ternura. Com a vantagem que na modernidade podemos contar com uma boa terapia para ajudar. E buscarmos, assim, nos tornar mais parecido com as famílias felizes. E menos infelizes à nossa maneira filial, tão peculiar.
( Retrato da Família do Artista, 1916 - Óleo sobre tela do pintor brasileiro Eliseu Visconti)
Adorei o texto e, de alguma forma, me encontrei nele.
ResponderExcluirValériaaa, li o teu livro("Depois daquela viagem") por esses dias, e nossa... eu simplesmente amei! Comecei a ficar interessada e curiosa em saber como te encontravas e como tava tua vida depois do livro, me preocupei um pouco também(por mais ridículo que possa parecer, kkk...). É extremamente interessante o sentimento que os livros me dão algumas vezes, parece que tenho um elo mais íntimo com o escritor, como se de alguma forma fizesse um pouco parte da vida dele(doiderinhas minhas!); acho que especialmente o teu livro, por ser quase um diário mesmo acaba aflorando isso ainda mais. É tão engraçado tudo isso, mas enfim... vim mesmo pq quero te parabenizar por toda luta, por tanta força de vontade, coragem e tantos outros adjetivos que posso ficar digitando o dia inteiro p/ uma pessoa que "deu/dá a cara" p/ um assunto tão pertinente, tão complicadinho(um pouco até hj infelizemennte). Imagino(só tu sabes o que realmente é) como seja MUITO difícil; mas só de escreveres esse livro, mostras que tás viva e disposta realmente a ir a luta. PARABÉNS!! Desejo muita força e luz em tudo o que fizeres, em todos os momentos da tua trajetória. Tenhas muita fé e força p/ que os maus pensamentos não te derrubem e te impeçam de seguires feliz e em paz, pois não é o que mereces. Ficas beemmm, te cuidas e que MUITAS coisas boas aconteçam em tua vida hj e SEMPRE! Beijão, de tua mais nova fãzinha...
ResponderExcluirTainã. ^^
Olá Valeria,
ResponderExcluirtudo bom?
Meu nome é Luciana Martinez e sou jornalista. Bom,estou escrevendo uma matéria especial sobre o Dia Internacional de Combate à Aids e gostaria de entrevistá-la. Você acha que seria possível?
Meu email é lucatm@hotmail.com
Obrigada desde já,
Luciana.
Belo texto, Valéria de Vermelho....rs A sua reflexão sobre todas as possibilidades que dispomos para encontrar a felicidade é muito bacana. Quem disse que precisamos seguir o modelão que a sociedade espera? Se a frustramos, problema dela! rs
ResponderExcluirAmei o texto!
ResponderExcluirBjs!
Re
oi Va meu nome é Valéria li seu livro qto tinha exatamente 18 anos
ResponderExcluirDepois daquela viagem amei e me cuidei ate hoje
Hoje estou com 30 anos e li seu livro umas 15 vezes
beijos